Himeneu (do grego antigo), conhecido em latim como Hymenaeus ou Hymenaios,
é o deus grego do casamento, filho deApolo e Afrodite.
Correspondências:
Cor : Rosa, vermelho e azul.
Dia da semana : Sexta- feira ( Aspecto de beleza ) / Sábado (Aspecto de casamento)
Incenso/ ervas: Lírio, rosas, jasmim
Cristais: Quartzo rosa e Agatha de fogo.
Vela : Azul, Vermelho e Branco.
Atributos: Supunham os gregos que Himeneu comparecia
a todos os casamentos. Se ele não o fizesse, o matrimônio tenderia ao fracasso,
de forma que durante esta celebração os gregos evocavam o seu nome em voz alta.
Mitologia mais confiável – Do livro: Dicionário de
Mitologia Grega Romana de Mario da Gama Kury
Himeneu (G. Hymênaios). O deus condutor do
cortejo nupcial, talvez originariamente a personificação do canto chamado
HIMINEU. Nas varias versões da lenda Himeneu aparece como filho de uma Musa (Calíope,
Clio ou Urania) e de Apolo, ora filho de Dionisio e de Afrodite, ou ainda filho
de Magnes, ou de Píero – sem menção ao nome da mãe.
Contava-se que
Himeneu era uma tão belo, que seus conterrâneos (os atenieses) chegavam a
confundi-lo com uma moça. Apesar de pertencer a uma família humilde ele amava
uma ateniense nobre, limitando-se a acompanha-la de longe por não ter esperança
de poder unir-se a ela. Certa vez, quando algumas moças atenienses de família nobre
foram a Elêusis para oferecer um sacroficio a Deméter, um grupo de piratas
atacou-as levando-as todas, inclusive Himeneu, que estava com elas e foi
cofundido com as moças. Após um longa viagem os piratas, vencidos pela fadiga,
adormecem numa praia deserta. Aproveitando o seu sono Himeneu atacou-os e os
matou; em seguida, deixando as moça num lugar seguro, ele foi a Atena e
prometeu trazer de volta as vitimas do rapto se lhe fosse dada em casamento a
sua amada. Os atenienses concordaram e as moças vieram juntar-se às suas famílias.
Para comemorar o acontecimento passou-se a invocar em todos os casamentos o
nome de Himeneu.
Em outra versão da
lenda Himeneu era um musico excelente, que morreu quando cantava na festa de núpcias
de Diôniso e de Altaia. Para perpetuar-lhe a memória seu nome passou a ser
invocado nos casamentos.
Numa terceira versão
da lenda Himeneu perdeu avoz enquanto cantava durante a festa de núpcias de
Dioniso e de Ariadne. A partir de então, em cada casamento entoava o canto de
Himeneu. Nessa versão mensiona-se que Héspero não resistiu a beleza de Himeneu
e se apaixona por ele.
Finalmente, noutra
versão Himeneu sempre dotado de extraordinária beleza, morreu no dia de seu
casaemento, sendo depois ressuscitado por Asclépio.
Mitologias mais divulgada – Fonte Wikipedia:
Himeneu é filho de Apolo e Afrodite, em sua encarnação, é tido como um dos mais belos
homens, beleza esta herdada obviamente de seu pai, Apolo - arquétipo perfeito
da beleza masculina - e de sua mãe, Afrodite - imagem da beleza feminina no
estado mais puro e absoluto. Beleza esta é tanta, que muitas vezes grupos de
mulheres o seguia na esperança de atrair os olhares penetrantes do Deus.
Diz-se que certa vez,
Himeneu fora capturado por piratas com um grupo de mulheres, estes não
perceberam ser Himeneu, na verdade, um homem, visto que sua beleza transcendia
a imagem padrão de um homem na época. Colocado em cativeiro junto com todas as
sequestradas, em um navio, Himeneu acalma as donzelas, estas, apavoradas pelo
rapto, logo tranquilizam-se e confiam na habilidade do Deus, mesmo sem saber da
divindade de seu companheiro de cárcere. Ao anoitecer, costumeiro de piratas,
haviam bebido demais, e estavam demasiado cansados e esgotados, Himeneu neste
momento, escapa e aniquila todos os sequestradores, em um ato de excelente
bravura. Ao termina-lo, liberta as donzelas, e leva todas em segurança para
suas respectivas famílias.
Dizem que pelo ato de
heroísmo, foi-lhe entregue a mulher que mais amava. Casaram-se e, exultante e
realizado, Himeneu dedica-se a trazer esta mesma felicidade do matrimônio a
todos os casamentos em que ele estiver convidado. É recebido por seu pai,
Apolo, e sua mãe, Afrodite, para tornar-se o deus que já era, regendo
oficialmente os casamentos e matrimônios.
Citações:
Com casamentos e banquetes nupciais,
sob as tochas ardentes eles conduziam as noivas dos aposentos femininos,
marchando pelas ruas, enquanto em coro entoavam bem alto o ¹epitalâmio, atraindo os rapazes,
enquanto dançavam, em voltas, e entre eles as flautas e harpas mantinham o
vibrante chamado - as mulheres surgiam às portas, e cada um movia-se maravilhado.
|
— Homero, em Ilíada
|
Himeneu é citado
também em Édipo Rei de Sófocles: "Ó himeneu, himeneu, geraste-me e, depois
de me gerar, produziste novamente amesma seiva e, daquela que foi ao mesmo
tempo mulher, esposa e mãe, geraste o abominável amálgama de pai, irmão e
filho, sangue da mesma estirpe, coisas que os homens consideram o extremo da
torpeza." Também há referências ao deus na Eneida, de Virgílio, e em duas peças de William Shakespeare. E também no livro
"A mulher de trinta anos" de Honoré de Balzac.
Legenda:
¹
Epitalâmio (do grego epithalámion - epi, sobre + thalamium, o tálamo,
ou quarto nupcial), é um cântico nupcial de natureza religiosa, destinado a reivindicar para os
noivos a bênção dos deuses, em especial de Himeneu, a divindade
protetora dos enlaces matrimoniais.
Consistia
num elogio público e solene, dirigido ao cônjuge de maior condição social,
preferencialmente recitado por um cantor e por um coro, que não deixavam de
invocar os deuses para que concedessem aos nubentes a felicidade eterna.
Originalmente, o epitalâmio era uma canção entoada no quarto da noiva na noite
do casamento, para se distinguir do gamelios, cantado na cerimónia do casamento
ou banquete, e do hymenaios, cantado durante o cortejo dos recém-casados até à
sua nova casa. Na Ilíada de Homero, encontramos uma descrição deste último
canto (cf. 18.391-96). Ao epitalâmio que se celebrava por ocasião do casamento
propriamente dito, chamava-se coemético; o que era cantado na manhã após a
lua-de-mel, chamava-se egértico, pois a sua função era a de saudar o despertar
do novo casal.
Escreveram
epitalâmios gregos Safo, Estesícoro e Teócrito. Veja-se o seguinte epitalâmio
de Safo dedicado ao noivo: “De ambrosia / uma cratera / se excedia / — e
Hermes, um cântaro, / vazava vinho aos deuses. / E todos os deuses erguiam as
taças, / libando libavam / — e ao noivo felicidades auguravam.” (in Safo:
Líricas em Fragmentos, trad. de Pedro Alvim, Vega, Lisboa, 1991). Safo havia de
ser inspiração para os poetas latinos que cultivaram o género, como Catulo
(Carmina, 61, 62, 64).
Poesia:
HIMENEU – Vinicius de
moraes
Rio de Janeiro , 2004
Na cama, onde a aurora deixa
Seu mais suave palor
Dorme ninando uma gueixa
A dona do meu amor.
De pijama aberto, flui
Um seio redondo e escuro
Que como, lasso, possui
O segredo de ser puro.
E de uma colcha, uma coxa
Morena, na sombra frouxa
Irrompe, em repouso morno
Enquanto eu, desperto, a vê-la
Mesmo sendo o homem dela
Me morro de dor-de-corno.
Seu mais suave palor
Dorme ninando uma gueixa
A dona do meu amor.
De pijama aberto, flui
Um seio redondo e escuro
Que como, lasso, possui
O segredo de ser puro.
E de uma colcha, uma coxa
Morena, na sombra frouxa
Irrompe, em repouso morno
Enquanto eu, desperto, a vê-la
Mesmo sendo o homem dela
Me morro de dor-de-corno.
Curiosidades:
1 - Himeneu aparece no conto de Orfeu e Eurídice, enquanto convidado
para abençoar o casamento dos dois, sua tocha apaga e como sinal de mau presságio
recusa-se ficar ate o fim da cerimônia, mas fica para agradar Orfeu. Mas o profecia
se cumpre mesmo assim.
2 - A Deusa Hera também rege
casamentos, porém devido a sua essencialidade cósmica, o significado desta
regência é bem mais profunda e primordial do que o "simples"
matrimônio humano
Pelo fato de Himeneu presidir
aos casamentos, foi sugerido que havia uma conexão entre esta divindade e o hímen. Os lexicógrafos, entretanto, declaram que este é um caso de coincidência e não de
afinidade etimológica.
George Rennie (1802 - 1860). Escultura em
Mármore. Cupido empunhando a tocha de Himeneu, 1831. Londres.
3 - Desde a Renascença italiana, pelo ao menos, Himeneu é sempre representado na arte
como um homem jovem, usando uma guirlanda de flores e segurando uma tocha
ardente numa das mãos, coberto por vestes púrpuras
Himeneu Travestido Assistindo à Dança de Honra a Príapo, 1635. Óleo sobre tela, 167 × 376 cm. Museu de Arte de São Paulo.
4 - A
restauração de Himeneu
Travestido Assistindo a uma Dança em Honra a Príapo recuperou
as cores originais e o brilho da pintura de Poussin – danificada desde sua
realização, há quase 400 anos. A diferença entre a antiga condição da tela e a
atual, posterior ao restauro, fica clara na montagem acima – que recria a obra
em sua totalidade. A pintura retrata um episódio da mitologia: o ritual em
homenagem ao deus da fertilidade, Príapo, representado pela estátua ao centro
do quadro. A recuperação revelou nesta figura a presença original de um falo,
detalhe que havia sido encoberto posteriormente por camada de tinta. O outro
personagem que dá título a obra, Himeneu, é apontado pelos historiadores como a
figura mais à direita, em cuja vestimenta os restauradores também encontraram
alterações. Segundo a mitologia, Himeneu teria se vestido de mulher para se
aproximar de sua amada, uma jovem de classe social mais elevada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário