16 janeiro 2014

Himeneu

Himeneu (do grego antigo), conhecido em latim como Hymenaeus ou Hymenaios, é o deus grego do casamento, filho deApolo e Afrodite.

Correspondências:

Cor :
Rosa, vermelho e azul.
Dia da semana : Sexta- feira ( Aspecto de beleza ) / Sábado (Aspecto de casamento)
Incenso/ ervas: Lírio, rosas, jasmim
Cristais: Quartzo rosa e Agatha de fogo.
Vela : Azul, Vermelho e Branco.


Atributos: Supunham os gregos que Himeneu comparecia a todos os casamentos. Se ele não o fizesse, o matrimônio tenderia ao fracasso, de forma que durante esta celebração os gregos evocavam o seu nome em voz alta.
Mitologia mais confiável – Do livro: Dicionário de Mitologia Grega Romana de Mario da Gama Kury
Himeneu (G. Hymênaios). O deus condutor do cortejo nupcial, talvez originariamente a personificação do canto chamado HIMINEU. Nas varias versões da lenda Himeneu aparece como filho de uma Musa (Calíope, Clio ou Urania) e de Apolo, ora filho de Dionisio e de Afrodite, ou ainda filho de Magnes, ou de Píero – sem menção ao nome da mãe.
Contava-se que Himeneu era uma tão belo, que seus conterrâneos (os atenieses) chegavam a confundi-lo com uma moça. Apesar de pertencer a uma família humilde ele amava uma ateniense nobre, limitando-se a acompanha-la de longe por não ter esperança de poder unir-se a ela. Certa vez, quando algumas moças atenienses de família nobre foram a Elêusis para oferecer um sacroficio a Deméter, um grupo de piratas atacou-as levando-as todas, inclusive Himeneu, que estava com elas e foi cofundido com as moças. Após um longa viagem os piratas, vencidos pela fadiga, adormecem numa praia deserta. Aproveitando o seu sono Himeneu atacou-os e os matou; em seguida, deixando as moça num lugar seguro, ele foi a Atena e prometeu trazer de volta as vitimas do rapto se lhe fosse dada em casamento a sua amada. Os atenienses concordaram e as moças vieram juntar-se às suas famílias. Para comemorar o acontecimento passou-se a invocar em todos os casamentos o nome de Himeneu.
Em outra versão da lenda Himeneu era um musico excelente, que morreu quando cantava na festa de núpcias de Diôniso e de Altaia. Para perpetuar-lhe a memória seu nome passou a ser invocado nos casamentos.
Numa terceira versão da lenda Himeneu perdeu avoz enquanto cantava durante a festa de núpcias de Dioniso e de Ariadne. A partir de então, em cada casamento entoava o canto de Himeneu. Nessa versão mensiona-se que Héspero não resistiu a beleza de Himeneu e se apaixona por ele.
Finalmente, noutra versão Himeneu sempre dotado de extraordinária beleza, morreu no dia de seu casaemento, sendo depois ressuscitado por Asclépio.

Mitologias mais divulgada – Fonte Wikipedia:

Himeneu é filho de Apolo e Afrodite, em sua encarnação, é tido como um dos mais belos homens, beleza esta herdada obviamente de seu pai, Apolo - arquétipo perfeito da beleza masculina - e de sua mãe, Afrodite - imagem da beleza feminina no estado mais puro e absoluto. Beleza esta é tanta, que muitas vezes grupos de mulheres o seguia na esperança de atrair os olhares penetrantes do Deus.
Diz-se que certa vez, Himeneu fora capturado por piratas com um grupo de mulheres, estes não perceberam ser Himeneu, na verdade, um homem, visto que sua beleza transcendia a imagem padrão de um homem na época. Colocado em cativeiro junto com todas as sequestradas, em um navio, Himeneu acalma as donzelas, estas, apavoradas pelo rapto, logo tranquilizam-se e confiam na habilidade do Deus, mesmo sem saber da divindade de seu companheiro de cárcere. Ao anoitecer, costumeiro de piratas, haviam bebido demais, e estavam demasiado cansados e esgotados, Himeneu neste momento, escapa e aniquila todos os sequestradores, em um ato de excelente bravura. Ao termina-lo, liberta as donzelas, e leva todas em segurança para suas respectivas famílias.
Dizem que pelo ato de heroísmo, foi-lhe entregue a mulher que mais amava. Casaram-se e, exultante e realizado, Himeneu dedica-se a trazer esta mesma felicidade do matrimônio a todos os casamentos em que ele estiver convidado. É recebido por seu pai, Apolo, e sua mãe, Afrodite, para tornar-se o deus que já era, regendo oficialmente os casamentos e matrimônios.

Citações:
Himeneu foi citado na Ilíada, de Homero, na descrição da proteção de Aquiles - embora alguns tradutores (como Robert Fagles) omitam seu nome:
Com casamentos e banquetes nupciais, sob as tochas ardentes eles conduziam as noivas dos aposentos femininos, marchando pelas ruas, enquanto em coro entoavam bem alto o ¹epitalâmio, atraindo os rapazes, enquanto dançavam, em voltas, e entre eles as flautas e harpas mantinham o vibrante chamado - as mulheres surgiam às portas, e cada um movia-se maravilhado.



— Homero, em Ilíada
Himeneu é citado também em Édipo Rei de Sófocles: "Ó himeneu, himeneu, geraste-me e, depois de me gerar, produziste novamente amesma seiva e, daquela que foi ao mesmo tempo mulher, esposa e mãe, geraste o abominável amálgama de pai, irmão e filho, sangue da mesma estirpe, coisas que os homens consideram o extremo da torpeza." Também há referências ao deus na Eneida, de Virgílio, e em duas peças de William Shakespeare. E também no livro "A mulher de trinta anos" de Honoré de Balzac.

Legenda: ¹
Epitalâmio (do grego epithalámion - epi, sobre + thalamium, o tálamo, ou quarto nupcial), é um cântico nupcial de natureza religiosa, destinado a reivindicar para os noivos a bênção dos deuses, em especial de Himeneu, a divindade protetora dos enlaces matrimoniais.
Consistia num elogio público e solene, dirigido ao cônjuge de maior condição social, preferencialmente recitado por um cantor e por um coro, que não deixavam de invocar os deuses para que concedessem aos nubentes a felicidade eterna. Originalmente, o epitalâmio era uma canção entoada no quarto da noiva na noite do casamento, para se distinguir do gamelios, cantado na cerimónia do casamento ou banquete, e do hymenaios, cantado durante o cortejo dos recém-casados até à sua nova casa. Na Ilíada de Homero, encontramos uma descrição deste último canto (cf. 18.391-96). Ao epitalâmio que se celebrava por ocasião do casamento propriamente dito, chamava-se coemético; o que era cantado na manhã após a lua-de-mel, chamava-se egértico, pois a sua função era a de saudar o despertar do novo casal.
Escreveram epitalâmios gregos Safo, Estesícoro e Teócrito. Veja-se o seguinte epitalâmio de Safo dedicado ao noivo: “De ambrosia / uma cratera / se excedia / — e Hermes, um cântaro, / vazava vinho aos deuses. / E todos os deuses erguiam as taças, / libando libavam / — e ao noivo felicidades auguravam.” (in Safo: Líricas em Fragmentos, trad. de Pedro Alvim, Vega, Lisboa, 1991). Safo havia de ser inspiração para os poetas latinos que cultivaram o género, como Catulo (Carmina, 61, 62, 64).

Poesia:

HIMENEU – Vinicius de moraes

Rio de Janeiro , 2004


Na cama, onde a aurora deixa 
Seu mais suave palor 
Dorme ninando uma gueixa 
A dona do meu amor. 

De pijama aberto, flui 
Um seio redondo e escuro 
Que como, lasso, possui 
O segredo de ser puro. 

E de uma colcha, uma coxa 
Morena, na sombra frouxa 
Irrompe, em repouso morno 

Enquanto eu, desperto, a vê-la 
Mesmo sendo o homem dela 
Me morro de dor-de-corno.

Curiosidades:
1 - Himeneu aparece no conto de Orfeu e Eurídice, enquanto convidado para abençoar o casamento dos dois, sua tocha apaga e como sinal de mau presságio recusa-se ficar ate o fim da cerimônia, mas fica para agradar Orfeu. Mas o profecia se cumpre mesmo assim.
2 - A Deusa Hera também rege casamentos, porém devido a sua essencialidade cósmica, o significado desta regência é bem mais profunda e primordial do que o "simples" matrimônio humano
Pelo fato de Himeneu presidir aos casamentos, foi sugerido que havia uma conexão entre esta divindade e o hímen. Os lexicógrafos, entretanto, declaram que este é um caso de coincidência e não de afinidade etimológica.

George Rennie (1802 - 1860). Escultura em Mármore. Cupido empunhando a tocha de Himeneu, 1831. Londres.

3 - Desde a Renascença italiana, pelo ao menos, Himeneu é sempre representado na arte como um homem jovem, usando uma guirlanda de flores e segurando uma tocha ardente numa das mãos, coberto por vestes púrpuras


Himeneu Travestido Assistindo à Dança de Honra a Príapo, 1635. Óleo sobre tela, 167 × 376 cm. Museu de Arte de São Paulo.
4 - A restauração de Himeneu Travestido Assistindo a uma Dança em Honra a Príapo recuperou as cores originais e o brilho da pintura de Poussin – danificada desde sua realização, há quase 400 anos. A diferença entre a antiga condição da tela e a atual, posterior ao restauro, fica clara na montagem acima – que recria a obra em sua totalidade. A pintura retrata um episódio da mitologia: o ritual em homenagem ao deus da fertilidade, Príapo, representado pela estátua ao centro do quadro. A recuperação revelou nesta figura a presença original de um falo, detalhe que havia sido encoberto posteriormente por camada de tinta. O outro personagem que dá título a obra, Himeneu, é apontado pelos historiadores como a figura mais à direita, em cuja vestimenta os restauradores também encontraram alterações. Segundo a mitologia, Himeneu teria se vestido de mulher para se aproximar de sua amada, uma jovem de classe social mais elevada.

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