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19 fevereiro 2019

Orixá Oxum

Oxum orixá feminino das águas doces, dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza, cultuada no Candomblé e Umbanda.




Deusa do amor, Orixá das águas, Oxum é aquela que mantém em equilíbrio as emoções, da fecundidade e da natureza. Mãe gentil dos povos antigos e dos novos, é ela que renova e intercede por nós em todas as situações.
Por ter recebido o título como a Orixá do amor, é ela a mais procurada para as questões de união e relacionamentos. Todos aqueles que procuram por paz e estabilidade em uma relação, podem pedir à Oxum a sua benção para essa questão.
Também conhecida como Osúm, Osún ou Oxun, ela é a representação da sensibilidade, da delicadeza feminina e da paixão para motivar a essência da vida. Mamãe Oxum adora as águas calmas, e é através de sua energia que ela tranquiliza os corações dos apaixonados.
Durante as incorporações dessa Orixá, é de costume haver choro, pois sua sensibilidade é transferida aos seus filhos e aqueles que buscam por seu carinho e atenção.

A história de Oxum

Aprendendo a desvendar os búzios

Uma moça muito curiosa, filha de Oxalá, que tinha uma forte preferência pelo pai que sempre fazia tudo o que ela desejava.
Oxalá, pai de Oxum, era muito sábio e quando possuía algum questionamento ele cuidadosamente consultava Ifá, Deus da Adivinhação, para que ele auxiliasse no prosseguir do destino, por sua vez Oxum a acompanhar queria saber também como desvendar o Oráculo. Mas muitas foram as vezes que Ifá dizia a Oxum para que perguntasse a Exú suas dúvidas pois ele possuía o dom de ver o destino através dos búzios.
Curiosa e intrigada com essa questão a Orixá Oxum pediu ao pai que a permitisse enxergar o futuro, mas Oxalá de prontidão explicou que somente Ifá teria o dom de ler e interpretar os búzios.
Oxum, a filha de Oxalá, não se deu por satisfeita e foi diretamente a Exú pedir para que ele a ensinasse pois ela sabia que ele conhecia o segredo de Ifá. Obviamente Exú recusou-se.
Foi então que ela decidiu partir para a floresta e pediu para que as feiticeiras Yámi Oroxongá, a ensinassem. Mas o que Oxum não sabia é que as feiticeiras desejavam pegar Exú em uma brincadeira.
As Yámi ensinaram-lhe uma magia e pediram para que sempre que ela fizesse esse feitiço que ela lhes prestasse uma oferenda.
E então Oxum com as mãos cheias de um pó brilhante foi até Exú e pediu para que ele adivinhasse o que tinha em suas mãos. Quando Exú chegou perto e fixou o olhar Oxum soprou o pó no rosto dele deixando-o temporariamente cego.
E então Exú ficou preocupado com os búzios e pediu para que ela – que fingia preocupação – o auxiliasse. E então, pouco a pouco, ele foi respondendo os questionamentos do Oxum para que ele pudesse compor o jogo novamente. E todos os Odus passaram a ficar conhecidos por Oxum.
Ao retornar ao reino do pai Oxalá, Oxum contou ao seu pai o que havia acabado de fazer. Ifá, admirado por sua coragem, presenteou-a com a mão de jogo e disse que ela seria regente do Oráculo junto com Exú.
Foi então que Oxalá perguntou para a filha o motivo daquilo tudo. A Orixá, com toda a sua doçura disse que fez tudo isso por amor a ele.

Impondo suas vontades

Era comum que os Orixás masculinos se reunissem para discutir assuntos sobre a humanidade. Oxum sempre achou isso muito injusto, pois sabia que tinha sabedoria e poder o suficiente para opinar sobre as questões dos homens, mas mesmo insistindo nunca conseguiu espaço para se expressar.
Como última escolha, decidiu usar a sua astúcia. Como não existiam homens se não fossem as gestações das mulheres, a Orixá então tirou a graça da fertilidade de todas e assim a humanidade começou a minguar-se e não haviam nascimentos. Notando que algo de errado acontecia na terra, os Orixás decidiram consultar Olorum, que os revelou que a Mãe Oxum havia tirado o dom da maternidade de todos.
Como somente ela poderia resolver essa questão, eles a convidaram para participar da reunião e desde então, a Orixá se tornou figura presente em todos acordos e decisões tomadas pelos Orixás, e a humanidade passou a se multiplicar mais uma vez.
Qualidades de Oxum
Oxum possui dezesseis qualidades que podem ser encontradas em sua personalidade, dons e formas de agir como Orixá. Vale lembrar que estas qualidades são costumeiramente cultuadas nas Nações de Candomblé, não sendo tão comuns na umbanda.
1.    ÒSUN ABALÔ – É uma velha Oxum, de culto antigo, considerada Iyá Ominibú, tem ligação com Oyá, Ogum e Oxóssi, veste-se de cores claras, usa abebé e alfange.
2.    ÒSUN IJÍMU ou Ijimú, é outro tipo de Oxum velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva Abèbé e Alfange, tem ligação com as Iyamís, é responsável por todos os Otás dos rios.
3.    ÒSUN ABOTÔ  também uma velha Oxum de culto antigo, ligada as Iyamís, feiticeira, carrega Abèbé e Alfange, tem ligação com Nanã, Oyá de culto Igbalé.
4.    ÒSUN OPARÁ Oxum Opará ou Apará seria a mais jovem das Oxum, é um tipo guerreiro que acompanha Ogum, vive com ele pelas estradas; dança com ele quando se manifestam juntos numa festa; leva uma espada na mão e pode vestir-se de cor de marrom-avermelhada. Conhecida também como a Senhora da Espada.
5.    ÒSUN AJAGURA ou AJAJIRA, outra Oxum guerreira que leva espada, jovem, tem ligação com Yemanjá e Xangô.
6.    YEYE OKE Oxum jovem guerreira, muito ligada a Oxóssi, carrega Ofá e Irukerê.
7.    YEYE ÌPONDÁ  é também uma òsun Guerreira ligada a Ibuálàmò. Yeye Pondá é rainha da cidade que leva seu nome Ìponda, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro e branco quando acompanha Oxaguiã.
8.    YEYE OGA é uma Oxum velha e muito guereira, carrega Abèbé e Alfange.
9.    YEYE KARÉ é um Oxum jovem e guereira, ligada a Odé Karè, Logun edé.
10. YEYE IPETU é uma Oxum de culto muito antigo, no interior da floresta, na nascente dos rios, ligada a Ossaim e principalmente a Oyá dada a sua ligação com Egun.
11. YEYE AYAALÁ- é talvez a mais ancestral dentre todas, veste-se de branco, ligada a Orunmilá e as Iyamis, considerada a avó.
12. -YEYE OTIN- Oxum com estreita ligação com Ínlè, ligada a caça e usa Ofá e Abèbé.
13. -YEYE IBERÍ ou merimerin- Oxum nova,  concentra a vaidade e toda beleza e elegância de uma Oxum, dizem que ser a Oxum de mãe menininha do Gantois.
14. –YEYE MOUWÒ- Oxum ligada a Olokun e Yemanjá, grande poder das Iyamís, veste-se de cores claras e usa Abèbé e Ofange.
15. –YEYE POPOLOKUN- Oxum de culto raro, ligado aos lagos e lagoas.
16. -YEYE OLÓKÒ- Oxum guerreira , vive na floresta nos grandes poços de água, padroeira do poço.

Oferenda para Oxum

IMPORTANTE: toda oferenda deve ser orientada por alguém responsável do Candomblé ou Umbanda, cada Orixá possui suas peculiaridades que devem ser respeitadas e guiadas por quem os conhecem após anos de prática na religião.
Mel, frutas, flores e elementos doces. A doçura desse Orixá se expressa pelas oferendas que são entregues a ela nas beiras dos rios. Como é a Deusa do amor ela é extremamente conectada à natureza e aos elementos da Terra.
Quando se oferta algo a um Orixá os agradecimentos pelas energias a eles destinados ficam cada vez mais latentes e claros. Esse é o momento de entrega do filho da divindade àquele que cuida de todos os fios do seu destino. Abaixo seguem duas receitas de oferendas que podem ser feitas para Oxum.

1a Oferenda

3 cachos de uvas (claras tipo Itália) regados com mel
3 rosas amarelas (abertas e sem espinhos)
3 velas amarelas (número 0 ou 1)
mel, o suficiente para regas as frutas e as rosas
1 garrafa de água mineral
7 folhas de couve, arrumadas em círculo, com os cabos para fora, para servirem de suporte para a oferenda.
Entrega
Arrumar as frutas e as rosas no centro do círculo feito com as couves. Regar tudo com água mineral, depois com mel acender a vela (deixe-a firme dentro da terra, ou leve uma forminha de alumínio para suporte). Se possível, espere a vela queimar para evitar incêndios e aproveite para sentir o Axé da oferenda.

2a Oferenda

7 folhas de couve, para forrar o chão (arrumar em círculo, com os cabos para fora)
7 espigas de milho (in natura, não precisa cozinhar)
7 rosas amarelas (abertas e sem espinhos)
7 velas amarelas (número 0 ou 1) (leve 7 forminhas, para suporte, espere queimar e as recolha, podendo reaproveitá-las).
1 garrafa de água mineral
Entrega
Arrumar as espigas e as rosas intercaladas, em forma de cículo, em cima das couves, regar com a água e acender as velas.

Dia de Oxum

Dia 8 de dezembro é celebrado o dia de Oxum Orixá do amor, da fecundidade, fertilidade, das uniões como “Senhora do Amor” e da prosperidade como “Senhora do Ouro”.
Com canjica amarela, polenta, farinha de milho com mel ela costuma receber oferendas aos sábados – que é o seu dia da semana.

Cores de Oxum

Sua principal cor é o amarelo ouro, que representa toda a riqueza que a Orixá possui poder de atribuir.

Características das Filhas e Filhos de Oxum

Pessoas que dão muito valor à opinião das pessoas e não querem, de forma alguma, desagradar os demais. Por isso conseguem lidar com as diferenças e divergências de opinião politicamente e com muita diplomacia.
Os filhos e filhas de Oxum são pessoas obstinadas, focadas e que sabem exatamente o passo-a-passo que precisa ser feito para alcançar seus objetivos e ideais. São pessoas honestas, dedicadas, doces e carinhosas.
Não são levados por paixões arrebatadoras. Preferem a calma, o equilíbrio e a tranquilidade do amor. Guardam a sete chaves as traições de outros com relação a eles e – mesmo que não guardem mágoas – jamais perdoarão essas pessoas.
Os filhos de Oxum são dengosos, maternais e oferecem àqueles que convivem com eles um bom espaço de amor e calmaria. São também muito vaidosos e possuem a característica de sempre cuidarem da beleza. Por essas características e grande dedicação ao relacionamento, é costume dizer que filhas de Oxum tem sorte no amor.

Sincretismo de Oxum

A chegada das religiões afrodescendentes no Brasil trouxe diversos elementos de fé. Por conta disso é comum que se observe o sincretismo religioso como uma prática muito comum dessa época.
Os fiéis da religião Umbanda, por exemplo, incorporaram a figura de Jesus Cristo em suas práticas por tentarem esconder seus Orixás na parte de baixo do altar e – sobre ele – deixavam somente a figura do ícone do cristianismo.
Era uma forma de manterem-se seguros e de manterem sua fé sem nenhum tipo de embate com senhores de escravos e outras pessoas que pudessem desafiá-los por suas crenças.
Oxum, por exemplo, pode ser conectada à Nossa Senhora de Aparecida. A Santa católica encontrada no rio no interior paulistano. O sincretismo traz as mesmas simbologias para os diversos cultos.
Oxum, filha de Oxalá, é a Orixá da beleza, doçura, meiguice, ternura e das águas doces. Muitos dos seus elementos são fortalecidos por suas visões de equilíbrio e amor pelo mundo.






Oração para Oxum

“Senhora das Cachoeiras e Quedas D’água
Faço esta “Oração a Oxum” no começo de meu dia
Para que as boas vibrações espirituais da “Senhora das Águas Doces“
Estejam ao meu lado durante todo o dia, Ora Yê Yê Ô!
Inspire o meu dia com a mansidão e tranquilidade das águas calmas
Para que a bênção de sua energia traga saúde a meu corpo, mente e espírito.
Minha “Doce Mamãe Oxum” afaste de meus caminhos aqueles que desejam prejudicar-me,
Senhora “Dona do Ouro“, com sua rica energia aproxima de meus caminhos a prosperidade,
Para que nada falte a minha vida e de meus familiares.
Para que as boas vibrações espirituais da “Senhora das Águas Doces“
Estejam ao meu lado durante todo o dia, eu rezo a Oxum, Ora Yê Yê Ô!”

Saudação à Oxum

A saudação à Oxum é: Ora Yê Yê Ô! Que significa: Olha por nós mãezinha!
Oxum é a Orixá do amor, da beleza, ternura e riqueza. Seu corpo é coberto pelo amarelo ouro que é reflexo da sua preciosa aura. Mãe Oxum é a responsável por nos acolher durante as tempestades emocionais, nos tranquilizando e orientando os caminhos mais pacíficos a se seguir.

31 março 2018

Lua Cheia Azul em Libra



Lua azul é a expressão usada para designar a segunda lua cheia que ocorre em um mesmo mês. Isto ocorre em intervalos de dois anos devido a diferença no tempo de uma lua cheia até a próxima, de 29,5 dias e a duração dos meses que possuem de 28 a 31 dias. Esta é a definição mais difundida, mas já houve outras.
Datas das Luas Azuis

• 2 de julho e 31 de julho de 2015
• 2 de janeiro e 31 de janeiro de 2018
• 2 de março e 31 de março de 2018
• 1 de outubro e 31 de outubro de 2020
• 1 de agosto e 31 de agosto de 2023
• 1 de maio e 31 de maio de 2026

Curiosidades: Na Mitologia Celta, durante esta Lua é possível o contato com o Reino Encantado da Natureza e seus seres, como as fadas e outros elementais. Eles faziam oferendas nos locais onde julgavam ser a residência destes seres, colocando entre outras coisas mel, leite, manteiga, pão e cristais.



Podemos utilizar esta energia de várias formas, entre elas:
• Comunicação espiritual,
• Desenvolvimento das habilidades psíquicas,
• Autoconhecimento.
• A ideia é canalizar esta energia extra para fazer pedidos, aumentando as chances de realizá-los.

Dicas do que fazer durante a Lua Azul:
• Se você quiser aproveitar bem a Lua, pode fazer algum ritual que conheça que esteja direcionado para amor ou prosperidade. 
• E se não quiser fazer nenhum ritual, saia à noite, de preferência em boa companhia (lembre-se as vezes a melhor companhia é você mesma) e aproveite esta lua maravilhosa. 
• Use roupas leves, branca ou azul
• Medite em busca de respostas para seu caminho espiritual (se possível acenda uma vela azul neste momento)
• Coloque seus pés na terra, sinta a energia emanada, eleve os braços ao céu e ‘traga’ para junto de si a luz da lua para dentro do seu corpo
• Agradeça por todo conhecimento adquirido e eleve seus pensamentos mentalizando planos futuros;
• Excelente momento para produzir Pó de Fadas.
• A Lua Azul é considerada mágica por acredita-se que ela faz uma ponte entre o cosmos e o nosso emocional. E sendo o elemento Água o elemento das emoções, a consagração de diversas águas (de poço, do mar, de chuva, de cachoeira) é interessante para uso posterior de magias. 
• Eu particularmente irei banhar-me ao mar nesta noite magica.

Uma bela Lua Azul a Todos.





07 novembro 2017


Uma saída pela praia de Itararé até a Ilha Porchat e algumas fotos da Cidade de São Vicente..Suas belezas naturais são encantadoras!




Academia ao ar livre


Academia ao ar livre




Senhores e Senhoras pegando um sol e papeando!


Todas as Manhas a praia recebe uma limpeza

17 novembro 2014

GEB

GEB

No começo dos tempos, quando nada ainda havia sido criado, o Deus-Sol existia só numa massa aquosa que cobria o universo. Então, ele concedeu duas outras deidades, cuspindo-as de sua boca: O Deus Shu, personificação do ar e a Deusa Tefnut, personificação do orvalho. Ambos, por sua vez, geraram duas crianças gêmeas: Geb, o Deus-terra, e Nut, Deusa do céu. 

Finalmente, Geb e Nut deram à luz quatro crianças: Osíris e sua esposa Ísis, Seth e sua espoa Néftis. Esses nove Deuses compunham a enéade de Heliópolis, a mais imortante congregação de Deuses do panteão egípcio. Geb, que também pode ser citado nos textos egípcios como Seb, Keb, Kebb, Qeb ou Gebb, sendo originário, de acordo com a doutrina heliopolitana, de uma linhagem de importantes Deuses e representando a terra, desempenhava papel de destaque na mitologia egípcia. 

Geb é o Deus egípcio da terra, e também é considerando Deus da morte, pois acreditava-se que ele aprisionava espírito maus, para que não pudessem ir para o céu. Estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade o túmulo. Este Deus muitas vezes é retratado sob Nut sua esposa, a Deusa que representa o céu, juntos os dois formam a união entre a terra e céu. Geb é usualmente representado na forma de um homem barbado trazendo na cabeça um ganso ou a Coroa Branca com adornos, conhecida por Coroa Ritual (atef). Também podia ser retratado simplesmente como um ganso, palavra cuja grafia em egípcio também era Geb, e essa ave era seu símbolo, seu animal sagrado e fazia parte da grafia de seu nome em hieróglifos.



GEB é usualmente representado na forma de um homem barbado trazendo na cabeça um ganso ou a Coroa Branca com adornos, conhecida por Coroa Ritual (atef). Também podia ser retratado simplesmente como um ganso, palavra cuja grafia em egípcio também era Geb, e essa ave era seu símbolo, seu animal sagrado e fazia parte da grafia de seu nome em hieróglifos: 






Por essa associação com o ganso ele é amiúde denominado o Grande Cacarejador e sua filha Ísis às vezes recebia o epíteto de Ovo do Ganso. Geralmente surge como um homem com a pele verde ou preta, a cor das coisas vivas: a vegetação e o lodo fértil do Nilo, respectivamente. Também frequentemente era desenhado deitado de lado sobre a terra, com plantas brotando de seu corpo. Sendo o Deus-terra, a terra formava o seu corpo e era chamada de A Casa de Geb, assim como o ar era chamado de A Casa de Shu, e o céu A Casa de Rá. Outra crença era a de que ele era a divindade supridora dos minerais e das pedras preciosas e, por isso, também era o Deus das minas. Em síntese, era um Deus provedor de tudo: pedras, alimentos, plantas que cresciam às margens do Nilo, etc. Os terremotos, acreditava-se, eram as risadas de Geb.
Em hinos e outros composições o Deus Geb é denominado de erpa, ou seja, pai ou chefe hereditário dos Deuses, numa alusão aos seus quatro filhos. Originalmente Deus da terra e da fertilidade, mais tarde passou a ser uma divindade dos mortos já que é no seio da terra que os mortos são depositados. Nesse sentido ele desempenha papel muito importante no Livro dos Mortos. Ali ele aparece como um dos Deuses que assistem à pesagem do coração do defunto no Saguão das Duas Verdades. A pessoa com integridade moral, conhecedora das palavras mágicas necessárias, seria capaz de se evadir da terra e Geb as guiava para o céu e dava-lhes alimento e bebidas. Os maus, entretanto, seriam presas fáceis de Geb, que, então, aprisionava o morto em seu próprio corpo — a terra. Assim como a Deusa Nut era representada frequentemente na tampa dos ataúdes, Geb era representado no fundo, de maneira que o defunto ficava enclausurado entre as duas divindades.
Os egípcios acreditam que nos tempos pré-históricos o país tinha sido governado por Deuses, que estavam fisicamente presentes. Algumas listas bem antigas de reis apresentam o terceiro faraó divino como tendo sido Geb. Rá e Shu gavernaram antes dele e Osíris, depois. O Deus-terra teria defendido o direito de Hórus de ocupar o trono quando da luta deste contra Seth e, por isso, era entendido como divindade protetora do faraó. E já que os egípcios acreditavam que o faraó era a imagem viva de Hórus, o rei era conhecido como o Herdeiro de Geb. E ainda mais, em homenagem ao grande rei que ele havia sido e pela admiração que granjeara como soberano, o trono do faraó era conhecido pelo epíteto de O Trono de Geb. Uma estela do Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.) narra como Geb se apaixonou pela própria mãe, Tefnut. Ele a desejava ardentemente e viajou por todo o Egito até que seu pai, Shu, que era o faraó reinante, morresse. Nesse dia, Geb entrou no palácio de seu pai em Mênfis, procurou Tefnut e estuprou-a violentamente. Ao que parece, ele não foi punido por isso. Tornou-se um rei poderoso e ganhou o título exclusivo de Herdeiro dos Deuses.
Não existia um distrito ou cidade dedicada especificamente a essa divindade. Não sabemos em que localidade ela foi cultuada pela primeira vez. Sabe-se, entretanto, que uma certa extensão das propriedades do templo em Apolinópolis Magna foi dedicada a esse Deus e que um dos nomes da cidade de Dendera era a casa dos filhos de Geb. Mas o seu principal centro de culto parece ter sido Heliópolis, onde ele e sua esposa Nut produziram o Grande Ovo do qual se originou o Deus-Sol na forma de um pássaro conhecido pelos egípcios como Ave Benu e pelos gregos como Fênix. O ovo sempre foi, para os antigos egípcios, um símbolo de renovação, simbolismo que até hoje mantemos por ocasião da páscoa.





O céu é o corpo de Nut, arqueado de horizonte a horizonte. Geb é a terra, situado abaixo dela. Durante o dia, Nut e Geb estão separados, mas a cada noite Nut vem para baixo para encontrar Geb e isso faz com que a escuridão predomine. Se acontecem tempestades durante o dia, acreditava-se que Nut  tinha chegado mais perto da terra.

Geb também era considerado Deus da morte, pois não deixava os maus espíritos subirem aos céus, para que eles não pudessem prejudicar Nut. Ele segurava os corpos dos mortos para que pudessem passar a eternidade, seguros em seus túmulos. Tinha as cores verdes representando a fertilidade e vida, e o preto representando a lama fértil do rio Nilo, sendo responsável pelas bem sucedidas colheitas.

Nut casou-se com o rei dos Deuses, Rá, mas ela estava apaixonada por Geb. Quando Rá descobriu, ele estava com raiva e disse que Nut não poderia dar origem a todos os filhos durante os 360 dias do ano. Nut foi infeliz e pediu ao Deus da sabedoria, Thoth, para ajudá-la.

Neste momento, a Lua estava tão brilhante como o sol. Thoth pegou uma luz lunar, então a Lua ficava maior e menor a cada mês.  Com esta luz, Thoth fez cinco novos dias, portanto, agora o ano é de 365. Nut deu à luz aos filhos, seus cinco filhos, nesses cinco dias. Quando Osíris, o mais velho nasceu, uma grande voz, disse “O Senhor de toda a terra nasceu.” Seth, seu irmão, nasceu odiando Osíris.


Fonte: